A primeira revolução industrial ocorreu a partir do século 18, com a invenção das máquinas a vapor. Cerca de 300 anos depois entramos numa nova era de revolução, marcada por tecnologias que, assim como na primeira, impactam nosso cotidiano, qualidade de vida e nos traz questionamentos voltados à ética.
As cinco primeiras colocadas no ranking das empresas mais valiosas do mundo são da indústria de tecnologia e o valor de mercado de cada uma delas supera a marca de US$500 bilhões. A primeira colocada, Apple, alcançou a expressiva marca de US$1 trilhão.
Esse é um dado que nos faz refletir sobre a mudança no mercado global.
Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Big Data, Machine Learning.
Se a revolução tecnológica definida como Indústria 3.0 trouxe dispositivos cada vez mais potentes com os avanços em nanotecnologia, a nova era transforma nossos dados em o novo petróleo.
Aplicativos, softwares e aplicações cada vez mais personalizadas estão sendo criadas com base nas nossas preferências e padrões de consumo. Os aparelhos de telefone celular já desbloqueiam com o reconhecimento da íris e impressão digital. E a impressão digital já substitui a senha que você usava nos aplicativos do celular (desde o do banco ao de compras). E por falar em aplicativos, os serviços de geolocalização do seu aparelho e dos outros milhões de usuários te ajudam a traçar a melhor rota entre o seu trabalho e a sua casa, por exemplo.
Isso sem falar nas campanhas publicitárias. Já reparou que basta você buscar um determinado produto na internet que a partir de então você começa a receber diversas ofertas desse mesmo produto em diversas plataformas (e-mail, sites e redes sociais)?
Setores podem ser impactados pelo desenvolvimento de novas tecnologias. A inteligência artificial permite que softwares façam correlações entre fatos e aprendam novos conhecimentos. Nos EUA, por exemplo, já existe um programa que desempenham funções típicas de um advogado. Esse software é capaz de analisar um grande volume de documentos em poucos segundos e ainda sugerir decisões a serem tomadas. Carros que e poderão ser conduzidos sem a necessidade de um motorista sendo desenvolvidos e até no jornalismo robôs já foram programados para produzir notícias através de análises de dados.
Na área de saúde, por exemplo, monitores acoplados ao paciente podem trazer informações precisas que ajudam o médico a prescrever remédios e tratamentos cada vez mais adequados. Com o avanço da Internet das Coisas, o resultado desses tratamentos, compartilhados e conectados mundialmente, ajudam a comunidade médica encontrar tratamentos cada vez mais eficazes.
Que essas transformações trazem inúmeros benefícios ao cotidiano é prova irrefutável. Porém esse avanço deve ser feito de forma responsável e que respeite a proteção à privacidade da população. Gigantes do mercado já foram multadas por acesso indevido aos dados de usuários. O debate em relação às mudanças da tecnologia e a interação entre homens e robôs está apenas começando